quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Gaucho e o Exame de Prostata

Gaucho que através de versos conta como foi seu exame de próstata Pra quem não quer ler ta no Youtube também

Andava mijando errado
Com as urina em atraso
Era uma gota no vaso
Três ou quatro na lajota
Quando não era nas bota
Na bombacha ou nos carpim
Eu mesmo, mijando em mim
Que tamanha porcaria
E o meu tico parecia
Uma mangueira de jardim


O pensamento mandava
O pau não obedecia
Quando a bexiga se enchia
Eu mijava à prestação
Pro banheiro, em procissão
Uma ida atrás da ôtra
Numa mijada marota
Contrastando com meu zelo
Pra beber, era um camelo
E pra mijar, um conta-gota


Depois de passar um bom tempo
Convivendo com esse horror
Me fui atrás de um doutor
Que atendesse meu pedido
Me desse algum comprimido
Pra mim empurrar goela abaixo
Tenho certeza, não acho
Que bem antes que eu prossiga
Éimportante que eu diga
Que não deixei de ser macho


Mas buenas, voltando ao causo
Que énatural que eu reclame
Depois de um monte de exame
De urina e ecografia
E atéfotografia
Da minha arma de trepá
Me obrigaro desaguá
Ajoelhado num pinico
E me enfiaro um troço no tico
Que me dói só de lembrá


Ainda dei o meu sangue
Pros vampiro diplomado
Pensei que tinha acabado
Sóme faltava a receita
á tinha uma idéia feita
Me trato e adeus, doutor
Recupero o mijador
Nem sonhava em concluir
Que alguém iria invadir
Meu buraco cagador



Fiquei bem contrariado
Tomei um baita dum choque
Quando me falaram em toque
Achei bem desagradável
Pra um macho é coisa impensável
Um dedão campeando vaga
No lugar que a gente caga
Vejam sóo meu dilema
O pau é que dáproblema
E o meu cú é que paga


Tentei todos argumentos
Me esquivei o quanto pude
Mas se é pra o bem da saúde
Não deve me fazer mal
Expor assim meu anal
Fazer papel de mulher
Nem tudo que a gente quer
Táde acordo com os planos
Fui derrubando meus panos
E se salve quem puder



De cotovelo na mesa
A bunda véia empinada
No cú não passava nada
Nem piscava de apertado
Mas era um dedo treinado
Acostumado na bosta
E eu, que nunca dei as costa
Pra desaforo de macho
Pensava, de pinto baixo
O pior é se a gente gosta


Pra mim foi mais que um estupro
Aquilo me entrou ardendo
E então eu fiquei sabendo
Como se caga pra dentro
Aquele dedo nojento
Me atolando sem piedade
Me judiou barbaridade
Que alívio quando saiu
Garanto pra quem não viu
Que não vou sentir saudade


Enfiei a roupa ligeiro
Com vergonha e desconfiado
Vai que o doutor abusado
Sem pena das minhas prega
Chamasse um outro colega
Pra uma segunda opinião
Apertei o cinturão
Fiz uma cara de brabo
Dois mexendo no meu rabo
Aí seria diversão


Depois daquela tragédia
Que pior pra mim não tem
Não comentei com ninguém
Pra evitar o falatório
Se alguém fala em consultório
Me bate um pouco de medo
Não faço nenhum segredo
Dessa macheza que eu trago
Mas cada vez que eu cago
Me lembro daquele dedo

Contato: pensooque@gmail.com


5 comentários:

lucas v. on 11 de novembro de 2009 às 16:50 disse...

ri muito...

Mr. on 12 de novembro de 2009 às 12:54 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mr. on 12 de novembro de 2009 às 12:55 disse...

Rá ! Ri demais.

Parabéns pelo blog.

http://www.cabaretdevenus.blogspot.com/

Mr.Cafa

Lelê Mafalda on 14 de novembro de 2009 às 04:08 disse...

Muito bem escrito. Adorei, senti todas as emocões do cabra e posso até dizer que sofri com ele.

Macaco Pipi on 14 de novembro de 2009 às 05:05 disse...

AEAEHAEH
ELES VAO GOSTAR!

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